Pensei em alguns títulos
para esta postagem como: “Você consegue segurar um peido?” (curto e grosso),
“Ah! Que isso! Elas (as pregas) estão descontroladas!” (musical), “Vazamento Gasoso”
(mais ‘comportadinho’), “Gases Assassinos” (estilo filme trash), mas acabei ficando com o título “AROMATIZADOR DE AMBIENTES”.
Tudo começou as 05:15 da
matina quando o despertador tocou e acordei bem grogue e morrendo de sono
ainda. Fiz o cat (modo carinhoso como dizemos sobre o procedimento de
cateterismo intermitente que fazemos para aliviar a bexiga, em particular, faço
a cada 4h), “levantei” e fui direto ao banheiro. No meu caso (lesado medular),
em se tratando de “obrar”, fazer “caca”, fazer “totô” ou, cagar mesmo,
precisamos fazer algumas “manobras” para “estimular” a saída do “No
2”. E hoje não saiu nada sólido, saíram somente “ventinhos” (tufão mesmo).
Beleza, já ‘banhado’ e ‘comido’,
fui pra minha fisioterapia que tem início às 7 horas e dura, em torno de uma
hora e meia, vai. Fui tocando a cadeira porque a clínica é na rua de casa e bem
pertinho, apenas 4 quarteirões, bem caprichados, de distância daqui de casa.
Como é plano, já cheguei a fazer esse percurso em pouco menos de 4 minutos
(quando estou disposto a “acelerar” um pouco), mas, em média, gasto uns 5
minutinhos quando vou sem pressa.
O atendimento começa com
alongamentos dos membros superiores e inferiores, além da mobilização feita com
as pernas. Nem preciso dizer pra vocês o que aconteceu quando minha fisio
começou a alongar e mobilizar minhas pernas, né?! Pois é! Não me canso de tirar
o chapéu pros fisioterapeutas, óh! ‘Aguentam’ tudo caladinhos, e ainda
sorridentes, continuam o atendimento como se nada houvesse acontecido. Eles são super
profissionais e não demonstram qualquer tipo de reação que possa constranger o
paciente. Mas vou ser bem sincero aqui, saiu uma bufa do tipo que se pega no oooooooooolho...
cega a pessoa. Aí, é mais um pro time dos ‘especiais’, mas, claro que não quero
isso pra ninguém e muito mais minha fisio que cuida tão bem desse quebradinho
aqui.
Então, ainda bem que hoje
foi trabalho de reforço muscular em conjunto com equilíbrio de tronco e ela não
precisava ficar muito próximo, pois não havia necessidade, ela me monitorou de
longe mesmo. Fiquei sentadinho no tatame fazendo meus exercícios com pesos e ao
mesmo tempo trabalhando o equilíbrio de tronco. Melhorei muito com esses
trabalhos combinados.
Terminado o atendimento
chegou a hora de ir ao trabalho, alguém tem que trabalhar nessa bagaça, né?!
Meu pai foi me buscar na clínica e me levar pro trabalho. No meio do caminho
ele vira pra mim e diz: “Você peidou?”. Aí, eu esperto todo, com respostas bem
afiadas e humor ‘afrodescendente’, fui logo respondendo que era sua boca
próxima do nariz e que por isso tava sentido mal cheiro, aí ele me mandou logo
eu ir “tomar no ...ú”...hehehehehe. Esse foi só o começo da metralhadora.
Lá na minha sala somos uma
equipe de quatro profissionais, minha chefe, eu e mais duas colegas. Hoje,
minha chefe foi direto a um evento representando nosso Departamento e nem
passou pela Secretaria, e, as outras duas colegas, uma está de licença médica e
a outra foi chamada para participar de outra ação, promovida pelo Governo do
Estado e mais outras Secretarias envolvidas, sobre o lançamento de mais um
Projeto Social para a população; concluindo, eu estava só. Ainda bem que fiquei
sozinho.
Como não temos o controle
sobre ‘a região sul’ devido ao trauma na medula espinhal, percebi que as coisas
não estavam indo bem e que aos poucos sentia um ‘aroma’ nada agradável vindo de
baixo e que já estava tomando conta do ambiente. Comecei a ficar preocupado
porque a cada dez minutos minha cadeira se estremecia toda e vinha acompanhado
daquele ‘aroma’ nada agradável e já estava ficando com vergonha (é verdade, por
incrível que pareça, eu encontrei a tal da vergonha) porque nossa sala é
bastante movimentada e já estava na hora de ‘pico’ de entra e sai da nossa
sala.
Resolvi abrir a porta pra
que o ‘ninja’ escapasse porta a fora. Foi quando dei de cara com a menina da
limpeza. Aí, eu com a cara mais lavada do mundo, saí da sala e deixei-a limpar.
Mas antes perguntei a ela todo preocupado com o ‘aroma’ do ambiente que não
tinha se dissipado ainda: “Já vai limpar?”; e ela respondeu: “Já sim, vou só
terminar de limpar a sala ao lado, é rapidinho.”; na mesma hora eu pensei: “Tomara
que demore mais um pouco pra poder o ‘ninja’ sair totalmente do ambiente.”
Beleza, ela limpou e deixou
a sala bem cheirosinha, uma delícia aquele cheirinho de limpeza, hummmmm!!! Mas
durou por pouco tempo. Logo minha cadeira estremeceu novamente e o ‘ninja’
voltou com gosto de GÁS. Eita que a bufa tava ficando cada vez mais mortal. Nem
eu agüentava. Sem pestanejar, liguei pra minha chefe mas ela não atendeu e,
então, mandei uma mensagem que dizia assim: “Minha Chefe, eu não to passando
bem da barriga, tô com vergonha de ficar na sala.”. É verdade, gente, a
mensagem foi desse jeitinho mesmo, só que na original, no lugar de minha chefe
eu coloquei o nome dela. Aí, eu acho que ela ficou sem entender a mensagem e me
ligou e perguntou o que tava acontecendo e eu respondi que estava ruim da
barriga e cheio de gases. Meu Deus, que vergonha. Ela me entendeu e disse que
eu poderia ir pra casa.
Finalizando a história, fui
pra casa.
E, só pra vocês ficarem
sabendo, estou terminando esse texto debaixo de ‘tiros de metralhadora’. Só muito ‘ninja’ pra se
esquivar dos ‘tiros’.
Um grande abraço NINJA a
todos!