quarta-feira, 27 de julho de 2011

BANHINHO BOM DANADO

Lembram quando eu disse no post AGORA VOU TOMAR MEU BANHINHO que outro dia, sentado na cadeira de banho aconteceu um fato muito interessante que ajudou muito a recuperação da ferida pertim do zóio cego? Lembram? Não? Então “crica” naquele link aí de cima, leiam, deixem comentários (pode ser apenas um mesmo), relembrem a historinha e, só depois disso tudo, voltem aqui para entenderem a continuação. Anda, deixem de preguiça, vou ficar esperando sentado aqui (não posso ficar de pé mesmo). Hoje eu to sem paciência, peguei um bicho de pé e essa coceira ta me matando (mentira, não sinto porra nenhuma do umbigo pra baixo).

Agora sim...



Estava eu já estacionado no local apropriado para “arriar o barro”, depois da manobra de approach feito pela mama (ela que é a manobrista da caçamba), iniciou-se o processo de preparação operacional para finalizar a entrega do produto ao cliente. Ergo-me para que a mama inicie o processo. A mama retira meu “macacão” e, antes de finalizar a retirada do EPI (Equipamento de Proteção Individual - minha sunguinha de crochê) o acidente acontece. Com a força que é aplicada à retirada do EPI, me desequilibro e sou lançado para trás rasgando por completo o encosto da cadeira da “caçamba”. Neste exato momento eu pensei: “Agora F#%@$!!!”.

Como irei tomar banho sem essa proteção que me trás tanta segurança evitando que, porventura de um espasmo, me lance para trás causando meu desequilíbrio e, conseqüentemente, me esburrachando no chão? E agora José? João? Marcos????? E agora?

Por incrível que pareça, foi a melhor coisa que me aconteceu para que a escara fechasse juntamente com a valiosa dica da Enfermeira Ana Carolina, lá do Sarah. Eu tive que me “virar nos 30”. Foram quase uma semana tomando banho sem o encosto das costas que, logo, meu pai cuidou de mandar fazer outro para repô-lo. Enquanto isso, eu me virava e, sempre tinha que lembrar que estava sem o encosto. Banhos tensos!!! Logo eu que adoro tomar um banhinho me via numa situação de, até, deixar de tomar banho por medo de que acontecesse um acidente com esse aleijadinho. Mas raciocinem comigo, no mínimo e bem por baixo, eu sofreria uma outra lesão medular quebrando a coluna novamente, então, tava tudo em casa né. Preocupação pra quê?

Pois bem, a partir desta data e forçado por toda essa situação, tive que por em prática todos os aprendizados da fisioterapia, equoterapia, tudo junto para me auxiliar com o trabalho de equilíbrio de tronco. Só me via à mente o Alex e o Tiago (fisioterapia) trabalhando equilíbrio de tronco (me estrupiando mermo), e a Suelen e Cesar com os trabalhos bem puxados da equoterapia. Esquisito isso porque, você sentado no trono fazendo todo aquele trabalho para “arriar o barro” e o cara não para de pensar nos fisioterapeutas, logo, qualquer pessoa iria associar à merda. Evidente né. Mas isso não é verdade e te provo agora (não tem jeito, agora tenho que me explicar mermo).

É assim, vamos começar pela dica da Enfermeira Ana Carolina e que nós não tínhamos pensado nisso. Envolver com uma toalha macia e felpuda o local onde a escara tinha atrito com o assento. Isso implicou num volume anormal na base do assento que aumentava ainda mais meu desequilíbrio na cadeira de banho porque me jogava para frente. Foi aí que lembrei dos meus fisioterapeutas me estrupiando no trabalho de equilíbrio de tronco, me empurrando pro lado e pro outro, enquanto levantava os braços ou fazia qualquer tipo de movimentos. É moçada, aleijadinho sofre e não é pouco não.

Essa falta de equilíbrio se dá devido à lesão que sofremos. Como perdemos sensibilidade, movimentos dos membros inferiores (paraplégicos), enfim, a posição de equilíbrio do nosso corpo é mudado e por isso temos que trabalhar, aprender e definir um novo ponto a partir da nossa lesão. E sem a ajuda das pernas, temos que trabalhar e desenvolver muito o abdômen e os músculos das costas para manter esse equilíbrio, ou melhor, compensar a falta que faz as pernas, mesmo perebentas, finas e feias, e repassá-las para o tronco.


Não é fácil não mano, imagine os tetras.

Sei que depois de tanto trabalho “forçado” de equilíbrio de tronco na cadeira de banho nem precisei mais do apoio/encosto das costas. Hoje eu consigo me equilibrar sem utilizá-lo (encosto) e percebi que melhorei sensivelmente meu equilíbrio de tronco, e hoje, voltei a curtir meus banhinhos como antes.

ADORO FINAIS FELIZES!!!


Um grande abraço a todos.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

MINHA PRIMEIRA PELADA


Não é o que vocês estão pensando não viu, “vocês só pensam (pausa grande) NAQUIIIIIIIIIIILO”. Pelada é gíria dos boleiros e, significa bater uma pelada ora bolas.




Nos episódios anteriores:

“Lembrei da minha infância e da primeira escolinha. Melhorei o humor, brinquei com meu primeiro amor, até que ficou bom...”

“Lá fiz meus primeiros amiguinhos como o Fabricio, Guilherme, Stephane, Paulinho e, esses dois últimos, mantenho contato até hoje...”

“Desde pequenininho eu já dava meus chutes e não era qualquer chute de bico não, eram chutes de peito de pé, com curva...”


Hoje:

Lá, nessa minha primeira escolinha, tive minha base de futebol, melhor dizendo, futebol de salão, é, eu sou da época do futebol de salão com bola de “chumbo”. A bola era super hiper mega pesada, só quem jogou nessa época sabe do que eu estou falando. E tem mais, as bolas mudavam de tamanho em sua circunferência para as diferentes categorias, mirim, infantil, infanto-juvenil e juvenil, os dois últimos já eram do mesmo tamanho e peso. Ia me esquecendo o adulto que, se não ficou falha a minha memória avariada, tinha o mesmo tamanho da juvenil, mas era ainda mais pesada que, se o chute de bico pegasse errado poderia até quebrar o dedo do pé. 


Meu primeiro professor/técnico se chamava Alemão, na verdade era seu apelido por ser bem branquinho e loiro. Pense num cara linha dura do tipo, “HAI HITLER”. O cara era rigoroso e exigente demais, mas aprendi muito a ter disciplina com ele. O seu jeitão linha dura foi fundamental para moldar esse atleta em formação que existia dentro de mim. Alemão acreditava muito no meu potencial e dizia que com muita força de vontade e dedicação eu poderia me tornar um grande atleta e quase me tornei. Eu era destaque na equipe junto com Neto, que fugia de todos os padrões de atletas de excelência porque ele era gordinho, mas, que jogava um bolão, canhoto, super habilidoso, ágil e um excelente finalizador, jogava fácil e sempre me deixava na cara do gol, isso quando não era o inverso, era uma cumplicidade doida além de ter sido um parceiraço, muito gente boa, um grande amigo que fiz na base.

Cara, como lembrei disso... Esperaí, nessa mesma época eu também jogava futebol de campo. Eu treinava no campo da 3ª DL, o quartel que me pai trabalhava e que mantinha esse projeto de escolinha de futebol para crianças até seus 13 anos se não me falha a memória. Lá sempre tinha aquele lanchinho depois do treino, era muito bom. Mas para que os participantes desfrutassem dessas iguarias existiam regras e quem fugisse delas estavam fora do projeto. Linha dura também, disciplina total do tipo “SENTIDO”. Também treinei nas categorias de base do Sport Club do Recife por recomendação de um olheiro, mas, como era muito distante de onde morava, deixei de lado e me dediquei mais ao futebol de salão.

Eu sempre fui muito ligado ao esporte, além do futebol que sempre foi minha paixão eu também fiz natação, basquete, judô, vôlei, pratiquei tudo que foi esporte preenchendo todo meu tempo vago e não é porque hoje estou numa cadeira de rodas que isso vai frear minha paixão. Vou dar continuidade com a prática de esportes adaptado e sonho bem alto. Tenho muita sorte de ser muito bem relacionado e conhecer pessoas certas para que esse meu sonho, e porque não, de várias outras pessoas que ainda não tiveram oportunidades da prática desportiva, não fique parado.

Mas esse assunto está amadurecendo e se Deus permitir, vamos colher muitos frutos com esse projeto.

A historinha da minha infância continua num próximo capítulo.


Um grande abraço a todos.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

AGORA VOU TOMAR MEU BANHINHO


Inspirado pela propaganda do novo Jetta e do cachorrinho falante com cara de safadinho, vou contar um pouquinho dos meus banhos nesses últimos meses e, já começo a dizer que não foram nada fáceis.

Eu adoro tomar banho, de chuveiro, mangueira, chuva, tendo água eu to dentro, acho que se tive alguma vida no passado (se isso existe mesmo) eu fui um animal aquático. Meus banhos sempre foram bem demorados sem nenhuma preocupação com desperdício, gastava mesmo, não estava nem aí (que coisa feia...você é um menino muito feio viu?!?!?!). Tomar banho é tão bom né e quando se tem uma gatinha lavando suas costas é melhor ainda (as costas e outras partes também que eu não sou de ferro né?!?!?!). Mas não é isso que eu quero estar falando neste post, sobre minhas fantasias sexuais debaixo do chuveiro não, quero dizer das dificuldades “banhais” que nos últimos meses vem me afligindo. Deixa minhas fantasias sexuais para uma outra oportunidade.

Nesses últimos meses venho sofrendo com meus banhos, banhos esses que adoro como havia dito aí em cima. Venho sofrendo por causa de uma escara na região sacral, no popular cóccix ou “beira do có”, que fissurou e apresentou uma pequena abertura na ferida. Todo esse drama é para voltar a se internar no Sarah pois, o paciente tem que estar “limpo” sem qualquer tipo de bactéria, ferida, ou seja, totalmente saudável.

Primeiro foi uma bactéria hospitalar que estava no meu corpo e que não estava agindo no meu organismo e por isso não há tratamento para uma coisa que não está prejudicando sua saúde. O tratamento era simplesmente, deixar que o organismo expulsasse a danada. Que nem aquele diálogo de dois caipiras: “– Intão cumpadi me diga, se culrou com quê? – Digo sim sô. Cum aquele véio remedinho caseiro. – E quar? – Cum “tempo” cumpadi.”. Estava lutando com essa bactéria desde janeiro e há, mais ou menos, dois meses os resultados negativaram para a danada. Beleza, agora eu estou apto para minha internação no Sarah.

Pois bem, quando tudo estava correndo as mil maravilhas, o contato com o Sarah já havia sido feito e esperávamos o retorno para a internação (a segunda porque a primeira, em janeiro, a super-bactéria atrapalhou), o TFD encaminhado, veio a surpresa. A porra da escara fissurou e abriu. Que merda. Nesses últimos meses eu vivi em função dessa internação e quando me livro das garras de um leão faminto, caio na boca de um crocodilo da era mesozóica.

 Tomar banho com leões e crocodilos é F...


Minha teoria para a abertura da ferida é: ressecamento da escara aliados com a sensibilidade do local e o contato/atrito da ferida com o assento da cadeira de banho, foram fundamentais, na minha análise, para que isso ocorresse. Claro que eu não sou um especialista no assunto e podem existir vários outros fatores que possam ter contribuído para a abertura do ferimento, mas, acho que esses que elenquei fazem coerência (nossa, estou surpreso a cada dia comigo mesmo... “elenquei”, que vocabulário é esse eim?!?!?! Sou eu mesmo que escrevo tudo isso??? Será??? Se for, a garantias são de melhora. O acidente melhorou minha linguagem/vocabulário??? Eu acho que bati a cabeça com o acidente e isso pode ter melhorado meu QI, será mesmo??? Que bom, pelo menos melhorou alguma coisa em mim né...rsrsrsrs).

Então, outro dia, sentado na cadeira de banho aconteceu um fato muito interessante que ajudou muito a recuperação da ferida pertim do zóio cego.

Vocês querem saber o que aconteceu? Estão curiosos? Vocês só vão saber depois porque não vou contar agora não...hehehehe...vou deixar, mais uma vez, com gostinho de quero mais...hehehehe.

Meu banhinho continua...


Um grande abraço a todos.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

RELATO DE UM OPERADO DE HEMORRÓIDAS...


Olha o que eu recebi por e-mail ontem. Leiam, é hilário.


"Ptolomeu em 150 d.C. falava que a terra era o centro do universo e que tudo girava em torno dela, foram precisos cerca de 1400 anos para esta teoria ser rebatida por Nicolau Copérnico provando para a humanidade que o Sol sim era o centro.


Eu, simplesmente EU, descobri em apenas três dias, após 51 anos, que ambos estavam redondamente enganados: o centro do universo é o cú.
Isso mesmo, o CÚ!
Operei das hemorroidas em caráter de urgência algumas semanas atrás.

Motivo: No domingo à noitinha, o que achava que seria um singelo peidinho, quase me virou do avesso.

“É difícil, mas vamos ver se reverte”, falou meu médico. Reverteu merda nenhuma, era mais fácil o Lula aceitar que sabia do mensalão do que aquela lazarenta bolinha (?) dar o toque de recolher.

Foram quase 2 horas de cirurgia e confesso não senti nadica de nada, nem se me enrabaram durante minha letargia!


Dois dias de hospital, passei bem embora tenham tentado me afogar com tanto soro que me aplicaram, foram litros e litros; recebi alta e fui repousar em casa.
Passados os efeitos anestésicos e analgésicos, vem a “primeira vez”.

PUTA QUE PARIU!!! Sabe aquela cagada que quando tá começando a sair você tenta se levantar do vaso achando que vai doer menos??? PIOR!!! Parece que você tá cagando um croquete de figo da Índia, casca de abacaxi, concha de ostra e arame farpado. É um auto-flagelo.

Por uns três dias dói tanto que você não imagina uma coisinha tão pequena e com um nome tão reduzido (cú) possa doer tanto. O tamanho da dor não é proporcional ao tamanho do nome, neste caso, cú deveria chamar Dobrovorsky Tegulcigalpa Nabucodonosor.


Passam pela cabeça soluções mágicas:
Usar um ventilador! Só se for daqueles túneis aerodinâmicos.
Gelo! Só se eu escorregar pelado por uma encosta do Monte Everest.
Esguichinho d’agua! Tem que ser igual o chafariz do Bellagio em Las Vegas, névoa seguida de jatos intercalados.

Descobri também que somos descendentes diretos do bugio, porque você fica andando como macaco e com o cú vermelho; qualquer tosse, movimento inesperado, virada mais brusca o cú dói, e como!

Para melhorar as “idas” à privada, recomenda-se dieta na base de fibras, foi o que fiz: comi cinco vassouras piaçaba, um tapete de sisal e sete metros de corda.
Agora sei o sentido daquela frase: “quem tem medo de cagar não come!”

Perdi 4 quilos; 3,5 de gordura e 0,5 de cú.
Tudo valeu, agora já estou bem, cagando como manda o figurino, não preciso pensar para peidar, o cú ficou afinado em ré menor, uma beleza!"


Não se enganem com esse problema de hemorróidas, cuidado que você pode ter uma linda rosa por desabrochar viu?!?!?! hehehehe. Mas nós, cadeirantes, somos muito mais propensos a adquirir essa, não tão agradavel, flor por vários motivos que me recuso a expor aqui porque envolve.......MEEEEEEEERDAAAAAAAA!!!

Então cuidem bem de seus "rabinhos".


Um grande abraço a todos.

terça-feira, 5 de julho de 2011

TENIS DE MESA ADAPTADO




Coloquei na minha cabeça que eu tenho que me dedicar ao esporte e vou começar pelo tenis de mesa. Vou colocar em prática meu projeto começando por mim. Já providenciei todo material para se começar a treinar, inclusive, material humano, que é o mais importante em relação a todo esse processo de iniciação. O legal de tudo isso é que vou ser pivô de estudo de caso, ou melhor, TCC - Trabalho de Conclusão de Curso - por Elizania, minha amiga e futura treinadora.

Curtam o vídeo...


Um grande abraço a todos.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

PA-PARECE Q-QUE FO-FOI ON-ONTEM




Para os desavisados, eu não estou ficando gago não viu?!?!?!?! Rsrsrsrs... PA-PARECE Q-QUE FO-FOI ON-ONTEM é a continuação do PARECE QUE FOI ONTEM que publiquei, lá atrás a quase 1 século...hehehehe... e só agora eu me motivei em continuar essa “saga”.


Nos episódios anteriores:  

“...Tudo começou em 1977, mais precisamente no vigésimo nono dia do último mês do segundo quadrimestre, em Niterói/RJ...”, complicado isso né?!?!?!?!?!

“...que eu dei meus primeiros passinhos e me “estabaquei” no chão abrindo o berreiro e deixando meus pais preocupados por ter batido o “quengo” e feito um galo daqueles na cabeça...”, já pensou no susto que meus pais tiveram???

“...meus primeiro chutes numa bola...confesso que meio oval...”, pra você ver né, dentro da barriga da mama cutullo estava se formando um jogadorzinho “marrom”, é isso mesmo, de “marromenos” kkkkkkkkkkk.


Hoje:

Hoje, hoje não, PARECE QUE FOI ONTEM ainda...hehehehe. Lá pela minha idade de jardim de infância, em Olinda, que eu comecei a gostar de futebol. A escolinha era Academia Olindense da Criança que logo depois se tornou Colégio Mater Dei. Lembro-me muito bem de seu muro alto e da entrada que tinha uma porta grande (nas minhas proporções na época de criança). Passando pelo portão de entrada tinha um corredorzinho pequeno ladeado por bancos de cimento contínuos, onde, o direito de quem entra, seguia até certo ponto e fazia uma curva de 90o se encontrando com a parede e entrada de acesso a quadra de esporte, enquanto para o lado esquerdo o acesso era para o pátio e parquinho.

Lá fiz meus primeiros amiguinhos como o Fabricio, Guilherme, Stephane, Paulinho e, esses dois últimos, mantenho contato até hoje e tudo isso só foi possível por conta da danada da internet. A tecnologia aproxima e nos faz reencontrar pessoas de um passado bem distante que você não teria idéia de como fazer para achar um amigo, ou alguém, se essa ferramenta que se tornou tão fundamental em nossas vidas não existisse (to muito sério né, eu ando assim mesmo, não estranhem não que eu vou tentar melhorar esse humor tá!?!?!?).

Foi nessa escolinha também que eu descobri o amor, foi paixão à primeira vista, como ela era linda, sua pele macia, seus cabelos encaracolados, e seu perfume, hummm que delícia, era um cheirinho de baba inesquecível. Vivia coladinho nela, a Isabela, como era bela, com seu jeitinho meigo, e de voz singela, a bela Isabela, parecia minha Cinderela. Minha vida era em torno dela, até anel de brilhante quis dar a ela, e Isabela, nem me dava trela. Sentava sempre pertinho de Isabela, dividia tudo com ela, lápis de cor, de cera, apontador, borracha, hidrocor, tudo para agradar meu amor, e Isabela, só vivia no mundinho dela. Como sofri, ai como sofri pelo amor não correspondido por ela, minha Cinderela, logo ela, que não saia dos meus pensamentos e que mexia tanto com meus sentimentos. Depois de muito tempo percebi que Isabela não era mulher para mim, então eu a esqueci, e por fim, a tirei com muito custo da minha vida, para seguir meu caminho, de cabeça erguida.

Lembrei da minha infância e da primeira escolinha. Melhorei o humor, brinquei com meu primeiro amor, até que ficou bom, e aí, gostou? Nunca fui de rimar, meu vocabulário é pequeno e não se pode muito aproveitar, dá até vontade de chorar, quando alguém se põe comigo a conversar, é de se envergonhar (isso é só pra rimar, não precisa ao pé da letra, acreditar).

Para finalizar e, sem deixar de rimar e já rimando,
em homenagem a Isabela, minha Cinderela, vou aqui deixando,
uma mensagem alegre, bonita e sagaz,
do grande poeta, Vinícius de Morais.


Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinícius de Moraes


Um grande abraço a todos.