quarta-feira, 30 de novembro de 2011

MOVIMENTO VISÃO DIFERENCIADA - TÊNIS DE MESA 01

Pessoal, estou meio "desaparecido" né não???? hehehehe vou tentar manter esse blog "vivo" e voltar a postar minhas histórias que tanto vocês gostam (e até eu gosto...hehehe), aos poucos, vou me organizando novamente, colocando os pingos nos "is" pra poder voltar a escrever para o blog.

Sobre o vídeo...

Esse vídeo foi gravado por mim num dia de treinamento aqui em casa mesmo. Nós fazemos tudo com recursos próprios, comprei todo o material possível para dar início ao projeto TÊNIS DE MESA através do Movimento Visão Diferenciada.

O movimento nasceu, ainda, em São Paulo logo após minha cirurgia. Pensei com meus botões, "Por que não usar minha "deficiência" para a prática desportiva?". Eu sempre fui um cara competitivo e que sempre praticou esporte e enxerguei, bem além mesmo, competindo em jogos paradesportivos. Logo, em uma conversa com meu amigo Richardson (o mesatenista que no vídeo aparece de costas) que também se tornou Deficiente Físico num acidente e teve sua perna direita amputada um pouco abaixo do joelho, propus essa idéia a ele.

Bastou apenas eu fechar a boca pra ele dizer sim à idéia, pronto, ganhei um parceiro na empreitada.

Já aqui em Boa Vista num evento de Responsabilidade Social organizado pelo SESI-RR e convidado pela minha amiga Valéria Hendges (formamos em Administração de Empresas pela Faculdade Atual da Amazônia, agora Estácio Atual, e fizemos juntos nosso TCC voltado para a área de RH), onde o palestrante era, nada mais nada menos que o STEVEN DUBNER, fundador da ADD e com um curriculum vasto na área de prestação de serviços inclusivos, conheci o Reginaldo (o mesatenista que na gravação está de frente), ele que já foi várias vezes campeão em competições Nacionais e Internacionais, e, apresentei minha idéia a ele que sem pestanejar também entrou no time sem mais delongas.

Nesse vídeo eu apresento a equipe de TÊNIS DE MESA do Movimento Visão Diferenciada.

Agora sim vocês podem assistir ao vídeo...hehehehe.





Um grande abraço a todos.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

EU SOU UM CAMPEÃO

O blog tá jogado às traças, meu Deus. Mas voltei com um super vídeo, vale apena assistir pessoal.



Um grande abraço a todos!!!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

BATIZADO


Antes de dar continuidade à minha passagem por Brasília e internação no tão afamado Centro de Reabilitação Sarah tenho uma novidade que irei contar à todos, agora, neste exato momento, sem trêlêlê, enrolação, ou, embromação, vou direto ao ponto sem mais churumelas (já estou enchendo linguiça), com objetividade.




Organizado pelo CRA-RR (Conselho Regional de Administração de Roraima), participei do XI ENCONTRO DE ADMINISTRADORES e II ENCONTRO DE TECNÓLOGOS EM ADMINISTRAÇÃO nos dias 23 e 24 de setembro, um evento que visou a comemoração dos 46 anos da Profissão do Administrador, além de promover momento de integração e conhecimento entre profissionais e estudantes. Foi minha reestréia na sociedade roraimense e o batismo da minha nova M3 que chegou com 80 dias depois de ter fechado as medidas junto à fábrica da Ortobras (e olha que o prometido era eu recebê-la com 35 dias eim). Lembrando que não foi uma nova aquisição por ter adorado a cadeira não, eu só recebi essa nova cadeira porque estava na garantia e, também, porque briguei pelos meus direitos pois, a cadeira de rodas são nossas pernas e delas dependemos totalmente para nos locomovermos.

No primeiro dia pela parte da tarde, deu-se inicio ao evento com minicursos a partir das 14h. Participei de dois minicursos com 2h de duração cada. O primeiro, que por sinal não gostei muito, foi na área da Excelência em Gestão. O ministrante do minicurso é um profissional muito qualificado com várias credenciais, mas, na minha humilde opinião, sem nenhum preparo para repassar seus conhecimentos. Já o segundo minicurso, das 16 as 18h, foi totalmente diferente. Profissional muito mais desenvolto buscando a interação com os participantes. Acho que atualmente, as palestras deveriam ser ministradas desta forma, com mais interatividade e bom humor, dinamismo e entusiasmo, essa é a tendência das palestras modernas. Pois bem, o segundo minicurso teve o tema Planejamento Estratégico, um tema que muito me agrada, assim como o primeiro tema também.




Bom, terminado a batalha lá pela Fares (uma das poucas faculdades particulares que temos por aqui), fui direto pro Sesc que fica no bairro Mecejana para assistir uma palestra e à entrega de prêmios em relação a trabalhos realizados por administradores em prol da sociedade roraimense. Então, já ia esquecendo, faço o cateterismo de 4 em 4 horas e às 18h antes de partir para o Sesc fiz meu cat no banheiro, não tão bom, da Faculdade Fares.

É, falta pouco para chegar onde eu quero, falta bem pouquinho para revelar o significado do título do post... hehehehe.

Depois de todo aquele cerimonial e entrega de premiação dali e daqui iniciou-se a palestra da Patricia Santos. Uma excelente palestra, não encontro nem adjetivos para tantos elogios para ela, e sua palestra... hehehehe.

Nesse meio tempo, já estava próximo do outro cat e eu ficando preocupado porque, além de estar sentindo dores (dores fora do normal, mesmo porque, dores eu sinto constantemente) os espasmos começaram a aparecer com mais freqüência e força. Isso era um sinal, sinal que poderia acontecer um acidente, mais cedo ou mais tarde. Detalhe, eu estava sem minha “sunguinha” de crochê. Eu estava todo confiante porque comecei a tomar um memedinho (Cloridrato de Oxibutinina – princípio ativo – que é o mesmo de Retemic – seu nome comercial) que tem como finalidade relaxar a musculatura da bexiga fazendo com que ela não fique muito espástica evitando perdas de urina antes do tempo.

E, parecia que eu estava prevendo que o acindente não iria demorar muito para acontecer, e, volta e meia, passava a mão no “documento” pra ver se estava tudo em ordem e, faltando 15min para as 22h, o pintinho “vomitou”. Foi bem pouquinho mas o bastante para que eu ficasse agoniado e logo em seguida, liguei pra mama vir me buscar. Até aí só tinha molhado as calças e a camisa. Quando chego em casa que faço a transferência do carro para cadeira...tchãn tchãn tchãn tchããããããããn, o batismo se completou. Me mijei todim e a cadeira foi junto. Tinha acabado de receber a cadeira (recebi na quinta-feira), ainda tava cheirando a novinha, mas, depois dessa vocês podem até imaginar como ficou o cheirinho dela né mesmo.

E como a gente só aprende “apanhando” no sábado eu fui prevenido e fui pra festinha com minha “sunguinha” de crochê que não vai durar muito tempo não, isso é só por enquanto, até eu ficar mais confiante na minha bexiga mas, já adianto uma coisa, acidentes sempre irão acontecer.


Um grande abraço a todos.


sábado, 24 de setembro de 2011

Impossível é apenas uma palavra.

Enquanto eu não posto mais um novo textinho eu deixo aqui um video para vocês se deliciarem.




Um grande abraço a todos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

ALEIJADINHO DOS ARES






A minha mais nova aventura, ALEIJADINHO DOS ARES. Muita emoção, drama, comédia, aventura, tudo que se possa imaginar em, ALEIJADINHO DOS ARES.

Tudo começou quando recebemos a ligação do Sarah confirmando minha consulta para o dia 10/09/11 as 09:00. Logo depois, voltamos a ligação para informar o número de fax para que eles remetessem o documento que comprovaria minha consulta para dar entrada ao TFD. Demos entrada com o documento, passamos por entrevista com a Assistente Social e esperamos, assim, as passagens serem emitidas. Deu tudo certo. Beleza, agora, parece que vai sair essa tão esperada possível internação na tão afamada Rede Sarah de Reabilitação.

Então, tudo isso foi confirmado. Passagens em mãos, arruma malas daqui e dalí, corre pra lá e pra cá, sobe e desce, vai pro lado e pro outro. Pronto. Tudo prontinho para o ingresso à Brasília e a tão esperada internação na Rede Sarah de Reabilitação.

Embarcamos no dia 09/08/11 e fomos pela empresa aérea Gol. Foi aí que começou minha aventura, a mais nova delas, ALEIJADINHO DOS ARES. O embarque deste vôo estava previsto para 1h da madruga, mas ele atrasou e só fomos embarcar por volta das 3h, ou seja, um atraso de aproximadamente 2h. Este atraso se deu por um nevoeiro que baixou no Rio de Janeiro fechando os aeroportos (Galeão e Santos Dumont) por mais de 2h até voltar a sua normalidade. Até aí tudo tranqüilo para quem está viajando sem preocupações de tempo reduzido e outras coisas, porém, para nossa situação tudo se torna mais difícil em relação a tudo. Quando falo tudo é tudo mesmo, tudo que você possa imaginar para uma pessoa de mobilidade reduzida, uma delas são as dores de ficar por muito tempo sentado.


Procedimento de embarque feito com sua maior naturalidade sem nenhum percalço de trabalho. Decolamos em direção a Manaus. Vôo tranqüilo sem maiores problemas. Contabilizando as horas, eu já estava com mais de 4 horas, só de aeroporto e aeronave. O que quero dizer com isso? Nós precisamos fazer cateterismo para esvaziar a bexiga, pois com a lesão as funções renais e intestinais mudaram sensivelmente e não mais temos controle sobre eles. É isso mesmo que vocês estão imaginando, se eu vacilar posso mijar e/ou me cagar todo com apenas um espirro ou até mesmo através de uma piada muito bem contada (não é pra tanto pessoal). Seria trágico se não fosse cômico não é mesmo.

Pousamos em Manaus e mais atraso. Percebi que havia algo de errado com a aeronave. Era um vai e vem de técnicos, liga e desliga botões, testa isso e aquilo, e eu, já estava ficando preocupado com todo aquele movimento que nunca na minha vida de viajante (até parece que viajei tanto assim) tinha visto em todas as viagens aéreas que tive oportunidade de realizar. Minha mãe, acho eu, nem tinha percebido algo de estranho que, já em Boa Vista, eu havia notado uma movimentação estranha na aeronave que acabei tendo a confirmação quando pousamos em Manaus. Por conta disso, mais atraso no vôo, acho que uns 30 minutos além da normalidade.

Tudo certinho e em seus devidos conformes, decolamos para Brasília. Ufa, essa maratona vai acabar numa boa. Opa!!! Ainda ta faltando a melhor parte dessa aventura. Então vamos lá. A duração do vôo entre Manaus/Brasília, se não estiver enganado é de aproximadamente 3h de duração (arredondando). Agora vamos contabilizar o tempo: 4 + 0:30 + 3 = 7:30, ou seja, esse era o tempo aproximado que eu iria passar sem fazer o cateterismo. Lembrando que faço a cada 4h o esvaziamento da bexiga. Um pequeno detalhe que não havia comentado ainda é que eu tinha feito o cat (cateterismo) 10h da noite antes de ir ao aeroporto. Essa conta ta ficando complicada né. Para descomplicar de uma vez por todas, eu já estava a mais de 7h sem esvaziar a danada da bexiga.

Faltando por volta de 1h para pousarmos em Brasília comecei a apresentar sintomas de disreflexia autonômica (era uma quentura, uma pressão na altura do pescoço, um suador sem nexo, uma agonia inexplicável). Chamei o comissário de bordo e disse a ele que precisava urgentemente esvaziar a bexiga porque eu estava passando mal. Falei também que não tinha como me locomover por ser paraplégico e perguntei se tinha algum recurso para me isolar dos outros passageiros porque teria que colocar o pinto pra fora para fazer o cat. Pense numa situação constrangedora.

Foi aí que ele teve uma brilhante idéia. Posicionou o “carrinho” de recolher lixo no corredor da aeronave e disse: “Pronto meu amigo, fique à vontade”. Como vou ficar à vontade nessa situação? É ruim eim! Mas na hora do desespero, fechamos os olhos e esquecemos o que se passa ao nosso redor e... PINTO PRA FORA.

Eu lá fazendo o cat concentradíssimo chegando ao êxtase do alívio e quando dei por mim lá estava uma criança olhando tudo aquilo. Ela não estava entendendo nada, uma mistura de olhar curioso com assustado, coitadinho. Acho que ele nunca tinha visto algo parecido. E como sou sacana dei o maior susto nele...hehehehehe. Eu virei pra ele e disse: “EI MOLEQUE, O QUE TU TÁ OLHANDO AÍ EIM RAPÁ??? PERDEU ALGUMA COISA???” O susto foi tão grande que não sabia o que fazer no momento, tadinho dele...hehehehe.

Voltando ao cat, não parava de sair urina e o saquinho de um litro só fazia encher e encher. Eu já tava ficando preocupado em extravasar urina do saquinho, já pensou na merda que ia dar? Merda não ia dar, mas iria ser mijo pra todos os lados. No final das contas acho que eu tirei uns 800ml da bexiga. Pense num alívio. A bexiga tava totalmente rígida e fiquei com um medo danado de ter dado uma complicação maior. E olha que não foi a primeira vez que minha bexiga travou dessa forma não. Isso já tinha acontecido duas vezes já.

Mas entre mortos e feridos, minha bexiga, e claro, o dono dela, todos se salvaram ilesos.

Essa foi minha primeira historinha desta tão esperada internação no tão afamado Centro de Reabilitação Sarah Kubitcheck.

Depois eu conto mais historinhas verdadeiramente verídicas que aconteceram de verdade.


Um grande abraço a todos.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ENTREVISTA SENSACIONAL




Esta é minha última postagem antes de embarcar para Brasília. Mais uma tentativa de internação no Sarah.


Um grande abraço a todos.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

BANHINHO BOM DANADO

Lembram quando eu disse no post AGORA VOU TOMAR MEU BANHINHO que outro dia, sentado na cadeira de banho aconteceu um fato muito interessante que ajudou muito a recuperação da ferida pertim do zóio cego? Lembram? Não? Então “crica” naquele link aí de cima, leiam, deixem comentários (pode ser apenas um mesmo), relembrem a historinha e, só depois disso tudo, voltem aqui para entenderem a continuação. Anda, deixem de preguiça, vou ficar esperando sentado aqui (não posso ficar de pé mesmo). Hoje eu to sem paciência, peguei um bicho de pé e essa coceira ta me matando (mentira, não sinto porra nenhuma do umbigo pra baixo).

Agora sim...



Estava eu já estacionado no local apropriado para “arriar o barro”, depois da manobra de approach feito pela mama (ela que é a manobrista da caçamba), iniciou-se o processo de preparação operacional para finalizar a entrega do produto ao cliente. Ergo-me para que a mama inicie o processo. A mama retira meu “macacão” e, antes de finalizar a retirada do EPI (Equipamento de Proteção Individual - minha sunguinha de crochê) o acidente acontece. Com a força que é aplicada à retirada do EPI, me desequilibro e sou lançado para trás rasgando por completo o encosto da cadeira da “caçamba”. Neste exato momento eu pensei: “Agora F#%@$!!!”.

Como irei tomar banho sem essa proteção que me trás tanta segurança evitando que, porventura de um espasmo, me lance para trás causando meu desequilíbrio e, conseqüentemente, me esburrachando no chão? E agora José? João? Marcos????? E agora?

Por incrível que pareça, foi a melhor coisa que me aconteceu para que a escara fechasse juntamente com a valiosa dica da Enfermeira Ana Carolina, lá do Sarah. Eu tive que me “virar nos 30”. Foram quase uma semana tomando banho sem o encosto das costas que, logo, meu pai cuidou de mandar fazer outro para repô-lo. Enquanto isso, eu me virava e, sempre tinha que lembrar que estava sem o encosto. Banhos tensos!!! Logo eu que adoro tomar um banhinho me via numa situação de, até, deixar de tomar banho por medo de que acontecesse um acidente com esse aleijadinho. Mas raciocinem comigo, no mínimo e bem por baixo, eu sofreria uma outra lesão medular quebrando a coluna novamente, então, tava tudo em casa né. Preocupação pra quê?

Pois bem, a partir desta data e forçado por toda essa situação, tive que por em prática todos os aprendizados da fisioterapia, equoterapia, tudo junto para me auxiliar com o trabalho de equilíbrio de tronco. Só me via à mente o Alex e o Tiago (fisioterapia) trabalhando equilíbrio de tronco (me estrupiando mermo), e a Suelen e Cesar com os trabalhos bem puxados da equoterapia. Esquisito isso porque, você sentado no trono fazendo todo aquele trabalho para “arriar o barro” e o cara não para de pensar nos fisioterapeutas, logo, qualquer pessoa iria associar à merda. Evidente né. Mas isso não é verdade e te provo agora (não tem jeito, agora tenho que me explicar mermo).

É assim, vamos começar pela dica da Enfermeira Ana Carolina e que nós não tínhamos pensado nisso. Envolver com uma toalha macia e felpuda o local onde a escara tinha atrito com o assento. Isso implicou num volume anormal na base do assento que aumentava ainda mais meu desequilíbrio na cadeira de banho porque me jogava para frente. Foi aí que lembrei dos meus fisioterapeutas me estrupiando no trabalho de equilíbrio de tronco, me empurrando pro lado e pro outro, enquanto levantava os braços ou fazia qualquer tipo de movimentos. É moçada, aleijadinho sofre e não é pouco não.

Essa falta de equilíbrio se dá devido à lesão que sofremos. Como perdemos sensibilidade, movimentos dos membros inferiores (paraplégicos), enfim, a posição de equilíbrio do nosso corpo é mudado e por isso temos que trabalhar, aprender e definir um novo ponto a partir da nossa lesão. E sem a ajuda das pernas, temos que trabalhar e desenvolver muito o abdômen e os músculos das costas para manter esse equilíbrio, ou melhor, compensar a falta que faz as pernas, mesmo perebentas, finas e feias, e repassá-las para o tronco.


Não é fácil não mano, imagine os tetras.

Sei que depois de tanto trabalho “forçado” de equilíbrio de tronco na cadeira de banho nem precisei mais do apoio/encosto das costas. Hoje eu consigo me equilibrar sem utilizá-lo (encosto) e percebi que melhorei sensivelmente meu equilíbrio de tronco, e hoje, voltei a curtir meus banhinhos como antes.

ADORO FINAIS FELIZES!!!


Um grande abraço a todos.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

MINHA PRIMEIRA PELADA


Não é o que vocês estão pensando não viu, “vocês só pensam (pausa grande) NAQUIIIIIIIIIIILO”. Pelada é gíria dos boleiros e, significa bater uma pelada ora bolas.




Nos episódios anteriores:

“Lembrei da minha infância e da primeira escolinha. Melhorei o humor, brinquei com meu primeiro amor, até que ficou bom...”

“Lá fiz meus primeiros amiguinhos como o Fabricio, Guilherme, Stephane, Paulinho e, esses dois últimos, mantenho contato até hoje...”

“Desde pequenininho eu já dava meus chutes e não era qualquer chute de bico não, eram chutes de peito de pé, com curva...”


Hoje:

Lá, nessa minha primeira escolinha, tive minha base de futebol, melhor dizendo, futebol de salão, é, eu sou da época do futebol de salão com bola de “chumbo”. A bola era super hiper mega pesada, só quem jogou nessa época sabe do que eu estou falando. E tem mais, as bolas mudavam de tamanho em sua circunferência para as diferentes categorias, mirim, infantil, infanto-juvenil e juvenil, os dois últimos já eram do mesmo tamanho e peso. Ia me esquecendo o adulto que, se não ficou falha a minha memória avariada, tinha o mesmo tamanho da juvenil, mas era ainda mais pesada que, se o chute de bico pegasse errado poderia até quebrar o dedo do pé. 


Meu primeiro professor/técnico se chamava Alemão, na verdade era seu apelido por ser bem branquinho e loiro. Pense num cara linha dura do tipo, “HAI HITLER”. O cara era rigoroso e exigente demais, mas aprendi muito a ter disciplina com ele. O seu jeitão linha dura foi fundamental para moldar esse atleta em formação que existia dentro de mim. Alemão acreditava muito no meu potencial e dizia que com muita força de vontade e dedicação eu poderia me tornar um grande atleta e quase me tornei. Eu era destaque na equipe junto com Neto, que fugia de todos os padrões de atletas de excelência porque ele era gordinho, mas, que jogava um bolão, canhoto, super habilidoso, ágil e um excelente finalizador, jogava fácil e sempre me deixava na cara do gol, isso quando não era o inverso, era uma cumplicidade doida além de ter sido um parceiraço, muito gente boa, um grande amigo que fiz na base.

Cara, como lembrei disso... Esperaí, nessa mesma época eu também jogava futebol de campo. Eu treinava no campo da 3ª DL, o quartel que me pai trabalhava e que mantinha esse projeto de escolinha de futebol para crianças até seus 13 anos se não me falha a memória. Lá sempre tinha aquele lanchinho depois do treino, era muito bom. Mas para que os participantes desfrutassem dessas iguarias existiam regras e quem fugisse delas estavam fora do projeto. Linha dura também, disciplina total do tipo “SENTIDO”. Também treinei nas categorias de base do Sport Club do Recife por recomendação de um olheiro, mas, como era muito distante de onde morava, deixei de lado e me dediquei mais ao futebol de salão.

Eu sempre fui muito ligado ao esporte, além do futebol que sempre foi minha paixão eu também fiz natação, basquete, judô, vôlei, pratiquei tudo que foi esporte preenchendo todo meu tempo vago e não é porque hoje estou numa cadeira de rodas que isso vai frear minha paixão. Vou dar continuidade com a prática de esportes adaptado e sonho bem alto. Tenho muita sorte de ser muito bem relacionado e conhecer pessoas certas para que esse meu sonho, e porque não, de várias outras pessoas que ainda não tiveram oportunidades da prática desportiva, não fique parado.

Mas esse assunto está amadurecendo e se Deus permitir, vamos colher muitos frutos com esse projeto.

A historinha da minha infância continua num próximo capítulo.


Um grande abraço a todos.