Sim, sou DEFICIENTE SIM!
Cara tem certas situações
que chega a ser engraçado. As pessoas não sabem lidar ou chegar e conversar com
pessoas que possuem alguma Deficiência. Tem medo de ofender ou falar algo
errado que o deficiente não goste. Depois de falarem algo que achem ofensivo
para a pessoa, eles se arrependem e tentam consertar e todas as vezes, a emenda
sai pior do que o soneto. Coitados, ficam todos desconcertados se explicando
daqui e dali. Eu, particularmente, me divirto, mas tento explicar que não fui
ofendido.
Realmente, não é fácil “se
chegar” e ter certos ‘papos’ com deficientes quando você não conhece a
realidade da pessoa. E isso é sério. Será que uma pessoa totalmente desprovida
de visão pode assinar algum documento, por exemplo? Faço a mesma pergunta a um
tetraplégico, será que ele, pelo menos, consegue escrever? Difícil né? Pra mim também
é difícil. Não é fácil não gente.
Outro dia fui dar um
rolezinho pela city com a thurma. Fomos ao super show 0800 do afamado Arnaldo
Antunes oferecido pela UFRR (Universidade Federal de Roraima). Esse cara,
rockeiro na época da banda Titãs que depois virou um Tribalista, se transformou
num bregueiro de primeira. Que show horrível gente. Fui esperando uma coisa e
essa coisa, no final das contas, acabou sendo uma coisa mesmo. Mas o que
importa é o que aconteceu depois.
Vamos lá então?
Terminamos a noite no bar
do Chacrinha Chopps. Era a reinauguração de seu estabelecimento depois de uma
reforma e ampliação do ambiente que mesmo assim, esqueceram de um banheiro
acessível. Lá podemos ouvir um bom Rock'n'Roll. Estávamos todos conversando e
coisa tal quando um pessoal chega ao estabelecimento fazendo panfletagem de um
show de humor Stand Up do ator Edson
Duavy – Pretinho Básico é o nome do espetáculo – que seria no auditório da
Escola de Música do Parque Anauá.
O rapaz me deu um panfleto
e eu o perguntei se o local era acessível. Ele me explicou que o local era todo
acessível e disse ainda que eu não pagaria pela entrada que custava R$ 25,00 (vinte
e cinco reais). Só que até aí tava tudo tranqüilo e eu adorei a idéia de não
pagar a entrada e até brinquei com ele perguntando se meu acompanhante não
pagaria também. Só que ele me disse que eu era isento da entrada da seguinte
forma: “Você, que é deficiente, não paga sabia?” Foi aí que ele ficou sem jeito
porque eu disse que não sabia disso e ele pensou que eu tinha ficado ofendido.
Aí ele tentou se explicar
de todo jeito que eu não era deficiente, mas que tinha uma deficiência e coisa
e tal. O rapaz se enrolou todinho e ficou naquele lenga lenga uns cinco
minutos. Na hora eu fiquei todo sem jeito também tentando explicar a ele que eu
não tinha me ofendido e, que realmente, eu era de fato, DEFICIENTE. Resumindo a
história, acabou que ele me prometeu entrada franca para quem eu levasse da
família e que eu podia o procurar porque ele estaria na bilheteria. Ainda bem
que minha família é pequena porque senão o prejuízo seria grande Óh! kkkkkkkkkk
Moral da história!
Cuidado como você se dirige
a uma Pessoa com Deficiência e procure entender cada Deficiência para não
causar e nem passar por nenhum tipo de constrangimento.
Um grande abraço a todos.