domingo, 24 de março de 2013

Merecedores de um LIVRO




Hoje, irei prestar uma homenagem a duas pessoinhas muito especiais que tenho o ORGULHO de fazer parte de seus ciclo de amizades e, me orgulho MUITO de ser amigo deles, por mais que a distância nos separe eu sempre os guardo em meu coração.

Primeiro Personagem: REGINALDO (carinhosamente eu o chamo de VAGABUNDO, tenho meus motivos, né não seu vagabundo)

Conheci esse vagabundo quando fui lotado na Setrabes (Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social) depois do “concursão” promovido pelo Governo do Estado para o preenchimento de vagas ao serviço público que se iniciou em 2003 e finalizou com a lotação dos servidores em Maio de 2004.

Trabalhamos juntos um bom tempo e tive a oportunidade de conhecer mais de perto a realidade de um cadeirante, sua rotina, dificuldades diárias e outras coisas mais, né seu vagabundo.

Tudo na vida tem seus motivos, está escrito, é destino, não podemos fugir disso. Nunca falei isso abertamente, mas de todas as Secretarias de Estado existente em meu Estado a Setrabes era a única que não queria ser lotado por saber que esta secretaria, é uma secretaria estratégica e que os olhos dos políticos estão sempre voltados a programas e projetos assistencialistas que lhes servem como uma “ponte” para se promoverem usando aqueles que mais necessitam de ajuda de fato. Inclusive, “é a secretaria da primeira dama” em muitos Estados, e aqui não é diferente.

Mas voltando ao assunto REGINALDO, comecei a admirá-lo a cada dia. Era uma alegria de viver, sempre bem humorado, mesmo muito cobrado pela chefe. Um cara muito na dele, discreto e transpassava para nós que tudo estava bom. Lembro de uma oportunidade que ele estava faltando e ficamos preocupados. Nessa época ele morava sozinho próximo ao trabalho. Tomei a iniciativa e pedi permissão da chefe para averiguar o que estava acontecendo. Fomos, uma amiga e eu, em seu “resgate”. Chegando lá, “arrombamos” a porta de seu apê (brincadeirinha, não fizemos isso não), e lá estava o vagabundo, tranqüilo e calmo, almoçando. E a gente preocupado porque não conseguíamos entrar em contato através de seu celular, que por sinal vivia trocando de número (oooooooooooo bicho enrolado).

Ele tinha acabado de fazer seu almoço e estava se deliciando, e o vagabundo nem ofereceu “o seu di cumer”. Conversamos um pouco e o vagabundo disse que estava de licença, repousando, pois estava com dengue. Aaaaaaaaaaaaaa vagabundo, porque não avisou, seu safado.

Essa foi uma de suas historinhas que tive a satisfação de ter participado.




Segunda Personagem: MARIA DO CARMO (DELEGADINHA, para os íntimos...rs)

A Do Carmo é uma estrela, brilha por si só, tem seu próprio brilho. Uma pessoa maravilhosa que conheci a pouco mais de 2 anos (já na cadeira, eu) numa reunião para fundarmos uma associação de desportos para pessoas com deficiência. Ela já esteve a frente de uma associação voltada a esse fim, que por sinal, foi na sua gestão que as pessoas com deficiências tiveram sua maior evidência aqui no Estado. A modalidade esportiva com maior força na época era a natação, onde a própria, era uma das melhores nadadoras da equipe e, também, buscava índice nacional. Outra modalidade forte era o tênis de mesa que também tinha bons atletas.

Passei a admirá-la após a escolha para a liderança dessa associação onde nós fomos os mais votados pois tivemos mais tempo pra nos conhecermos. O engraçado é que nenhum dos dois queria ser o presidente e acabou que fiquei como presidente e ela a minha vice. O fato é que ali estavam pessoas que não tinham um objetivo em comum, o de praticar esporte. Muitos estavam ali para ver quem era quem, outros queriam se aparecer, outros esperavam acontecer e não queriam mover a engrenagem, ou seja, meu sonho não é igual ao de beltrano que não é igual ao de fulano.

Pois bem, nem tudo foi perdido, e sim, fiz um achado. Percebi que conheci uma guerreira e que me motivou a ser uma pessoa melhor. Foi ela que me apresentou ao Tiro Esportivo e conseguimos pouco movimento para o pessoal que estava envolvido com a associação. Muitas desculpas eram ditas. Mas um dos maiores motivos era a falta de condução para o transporte. Até quem tinha a plena condição (transporte) de participar dos eventos não participava porque, simplesmente, não podia atrapalhar o sono de seus filhos aos finais de semana, pois os torneios são sempre organizados aos domingos pela manhã para que todos pudessem participar.

No final das contas eu saí no saldo. Descobri a tempo que o maior interessado em por a associação para funcionar queria nos usar para fins de arrecadar fundos para próprio beneficio e escapei de uma boa. Mas o melhor de tudo foi ter essas duas pessoinhas ao meu lado sempre me dando força e me apoiando.

Aos meus amigos, Reginaldo e Do Carmo, aquele abraço.




Um grande abraço a todos.

3 comentários:

  1. Bela homenagem Luiz... Adorei conhecer um pouquinho dessas pessoas q fazem parte de sua vida e que lhe fazem tão bem... bjus.. saudades... Shirley

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  2. Valeu Luiz pela homenagem eu sempre soube que você tinha uma visão diferenciada sobre os cadeirantes, conversava com você mesmo sem você andar em uma cadeira de rodas ja notava que realmente se importava com o assunto, pois isso só é dado aos que realmente tem o dom da superação, irônia do destino ou não agora você sabe como é dificil ser um cadeirante, temos uma luta cheia obstáculos que vencemos diáriamente mas isso nos faz dar mais valor a vida e viver intensamente quebrando as barreiras que nos prende aos olhos da sociedade. Valeu Luiz um Abração meu irmão. Regis Ramone

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  3. Sou suspeita para falar algo sobre vc....conhecer vc foi tudo de bom! e atravez de vc conheci sua familia q é maravilhoooooosa!.
    valeu um grande abraço!!

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