terça-feira, 30 de novembro de 2010

“Siiiiiiiiiiiit now please”






Nunca pensei que sentar fosse tão difícil assim. Nós temos o ato de sentar como automático e assim como todas as coisas que fizemos e que nem percebemos porque fazemos tudo automaticamente. Isso eu descobri quando fiquei lesado, antes o alesado não percebia nada disso. Preste atenção num bebê e suas fazes. Ele começa primeiro, na cama mesmo, a engatinhar (sei que estou pulando fazes mas é de propósito mesmo). Primeiro se arrasta porque ainda não tem forças e nem equilíbrio (falta coragem também) para se manter de “4”. Essa fase vem junto com o SENTAR e é muito engraçado ver o bebê aprendendo a sentar. O pobre não tem equilíbrio nenhum e vive caindo (bem engraçadinho né).



 Mas não é nada engraçado para um lesado medular (tipo eu...lesão T7/T8) que tem que aprender tudo novamente como um bebê. Eu sou um bebezão agora, mas olha, tem quem cuide de mim, não sou maior abandonado não viu...hahaha (já tava querendo me adotar né, eu sei que tava, deixa de onda, assuma logo que tava, deixa de timidez que eu sei...rsrsrs).


Sentar, então, virou um grande desafio pra mim até hoje. Não tenho equilíbrio de tronco e tenho que trabalhar e fortalecer muito ele porque vou depender disso pra muita coisa inclusive para transferências , conseqüentemente, para uma maior independência no futuro.



Meus exercícios eram feitos com um pouco de medo, muito medo, talvez, morrendo de medo de cair. Vida de aleijadinho não é fácil não. Tem que ter coragem pra encarar as diversas situações que uma lesão te proporciona. Um dos exercícios que tinha mais medo era aquele que eu ficava a beira da cama, sentado. Eu faltava me cagar de medo e num belo dia isso quase aconteceu. Eu já estava bem avançadinho nos exercícios e já me sentava sozinho a beira da cama e nesse dia...Coitada da Érica...kkkkkkkkkkk...Soltei uma tremenda bufa, daquelas que se pega nos olhos cega sabe?!?!?!?!?! Ou aquele peido tipo ninja, silencioso e mortal?!?!?!?!




A Érica é bem branquinha e percebi que neste exato momento ela estava mudando de cor...kkkkkkkk...a fisio ficou amareliiiiiiiiiiiinha e eu vendo (e sentindo aquele odor também) toda aquela situação fiquei morreeeeeeeendo de vergonha e caímos na gargalhada. Nossa, a fisioterapia quase acaba ali mesmo, os dois, rindo e cheirando peido...kkkkkkkkkkkk...foi ilário. A gente ficou tão desesperado que ficamos atrás do “cheirinho” (um borrifador de aromas agradáveis para PURIFICAR O AR DO AMBIENTE) comprado pela minha mãe exatamente para casos extremos, e esse, era sem sombra de dúvidas, um caso super-hiper-mega-extremo.


Vida de aleijadinho é F..., passa por cada situação que puts, só me basta rir para não chorar, fazer o que né?!?!?!?! E pensa que os trabalhos terminaram por aí? Que nada, a Érica era danada. Mesmo cheirando uma mistura de PURIFICADOR DE AMBIENTES e PEIDO, continuou com seu trabalho, feliz (bom, pelo menos eu achava né...hihihihihi), sorrindo (não sei se da própria desgraça ou rindo de mim...kkkkkkkkk) e bem amareliiiiiiiiiiinha.






Os FISIOTERAPEUTAS são super profissionais e admiro muito eles.


PARABÉNS A TODOS OS FISIOTERAPEUTAS.


Um grande abraço a todos.

3 comentários:

  1. Oiii Luiz!!!

    Como você disse, passamos por cada situação, mais o bom é rir mesmo!!! Esse post realmente foi muito divertido, você está se superando a cada dia!!! Parabéns e continue sempre esse menino divertido que está dentro de vc, e nunca deixe essa luz se apagar!!! hehe Beijinhos ;)

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  2. Adoro seu senso de humor!!!! Isso que todos nós devemos sempre fazer pra superar as dificuldades e problemas diários... sorrir!!! São tantas as fases que vc passou, ainda vai passar e superar... tenho certeza que vc vai tirar todas de letra. Beijos!!! Shirley

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  3. Oiiii amorrrr....
    Rir muito lendo esse seu post....
    E aquele cavalo la em cima???
    kkkkkkkkkkkkkkkk
    De cachorro não tem nada....

    Bjaum...
    Te Adoro!!!

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